quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Falemos hoje um pouco sobre a perda auditiva!
A audição é medida e descrita em decibéis (dB), uma medida relativa da intensidade do som. Quanto maior for o número de decibéis necessários para que uma pessoa possa ouvir, maior é a sua perda auditiva.
Existem dois tipos principais de problemas auditivos. O primeiro afecta o ouvido externo ou médio e provoca dificuldades auditivas "condutivas" (também denominadas de "transmissão"), normalmente tratáveis e curáveis. Ao outro tipo que envolve o ouvido interno ou o nervo auditivo dá-se o nome de surdez neurosensorial.
Existem diferentes graus e tipos de surdez:
v  Surdez ligeira: perda auditiva entre os 20 e os 40 dB;
v  Surdez moderada: perda auditiva entre os 40 e os 70 dB;
v  Surdez severa: perda auditiva entre os 70 e os 90 dB;
v  Surdez profunda: perda auditiva a partir dos 90 dB.

Surdez ligeira
Indivíduos com surdez ligeira apresentam dificuldades na compreensão de uma conversa a uma distância superior a 3 metros e em perceber os fonemas das palavras. Pessoas com este tipo e grau de surdez podem demonstrar problemas articulatórios e dificuldades em ouvir os seus interlocutores. Neste sentido, a sua linguagem deve ser estimulada ao mesmo tempo que devem desenvolver a leitura labial.

Surdez moderada
Pessoas com surdez moderada apenas ouvem e percebem a palavra, quando esta é dita com uma voz de certa intensidade. Apresentam dificuldades na aquisição da linguagem e alterações articulatórias, necessitando, por isso, de fazer leitura labial, usar próteses auditivas e de um trabalho de estimulação de linguagem.

Surdez severa
Neste tipo de surdez, as dificuldades auditivas aumentam.
Indivíduos com este grau de surdez necessitam de usar próteses auditivas e, mesmo assim, têm dificuldade em distinguir vogais de consoantes. Daí que seja necessário, o mais precocemente possível, realizar com eles um treino auditivo contínuo, estimular a sua linguagem bem como a sua leitura labial para promover uma maior compreensão.

Surdez profunda
Pessoas com surdez profunda estão totalmente privadas das informações auditivas necessárias para perceber e identificar a voz humana, o que as impede de adquirir naturalmente a linguagem verbal.
Tal como um bébé ouvinte tb o surdo passa pela fase do balbúcio no entanto, as suas emissões começam a desaparecer com o tempo uma vez que não tem acesso à estimulação auditiva externa, factor de grande importância para a aquisição da linguagem oral. Neste sentido, e uma vez que não “usa” a fala como instrumento de comunicação, deixa de se interessar por ela, e, como não tem “feed-back” auditivo, deixa de ter modelo para dirigir as suas emissões.
Apesar disso, os surdos profundos são ensinados a desenvolver a leitura labial, a tomar conhecimento do mundo sonoro (aproveitando os seus resíduos auditivos, sempre que eles existam) e a utilizar todas as vias perceptivas que podem complementar a audição.
Para se expressarem usam a língua gestual, uma língua essencialmente visual que se baseia nos movimentos, na configuração e na orientação das mãos e na expressão facial das pessoas que com ela comunicam.